RESUMO
A história das condutas na intersexualidade passou por diferentes períodos ao longo do tempo, sendo o mais importante a era cirúrgica. A condição de ser homem ou mulher era considerada como não sendo inata, mas “apreendida” e sujeita a influências culturais e ambientais. Assim, a conduta preferencial e sistemática era pela criação no sexo feminino, posto que do ponto de vista cirúrgico, seria mais fácil construir uma vagina do que um pênis com funcionalidade sexual futura. Na década de 90, vários outros aspectos começaram a ser considerados, como as questões éticas, ficando evidente a importância da exposição fetal aos andrógenos, os fatores ambientais, culturais e, mais recentemente, do cérebro como órgão endócrino. Passou-se a tentar entender a existência de um amplo espectro entre as identidades masculina e feminina, assim como em relação à forma como o indivíduo conduz seu comportamento sexual na sociedade. Ainda discute-se o aspecto cirúrgico, no sentido de determinar qual o momento ideal para realizar os procedimentos necessários à adequação de acordo com o gênero, e quais os principais aspectos éticos envolvidos. Atualmente, vive-se em um momento mais complexo, onde, trabalhando em equipes multidisciplinares com as famílias, busca-se oferecer uma orientação psicossocial adequada para os pacientes com intersexualidade orgânica, mas ainda não se sabe, com segurança, como atingir esse objetivo.
(Arq Bras Endocrinol Metab 2005;49/1:46-59)
Descritores: Desenvolvimento psicossexual; Diferenciação sexual; Gênero; Hermafroditismo; Intersexo
Artigo completo:
http://www.scielo.br/pdf/abem/v49n1/a07v49n1.pdf
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2 comentários:
Sobre o assunto ligado à diferenciação sexual do cérebro, devido à presença e ação de hormonios durane sua organização, sugiro que visitem a página
www.gendercare.com/catastrophe2.html
Nessa página , em inglês, se mostra uma possível explicação do como o cérebro basal reage à ação de testosterona. Para tanto um Applet em Java permite uma simulação simples mas muito interessante do que deve ocorrer no cérebro basal.
Obrigada.
Dra.Torres
A autora deste importante trabalho é Dra.Angela Maria Spinola-Castro, da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP.
Dra.Torres
Gendercare
OII-Brasil
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